sábado, 20 de março de 2010

Feedback


Quando é importante o feedback?

Quando define um objectivo para a sua vida, conhece bem as razões que o leva a definir o objectivo. Contudo durante a acção, ou seja, o percurso que toma para atingir o seu objectivo, existem momentos em que tem de avaliar o resultado que está a obter para que saiba se está a aproximar-se ou a afastar-se do seu objectivo.

É nesta avaliação que deve receber feedback para poder ajustar os métodos de forma a obter o seu objectivo.

Neste período, os resultados da acção devem ser avaliados com clareza, pois quanto melhor for a avaliação, isto é, o feedback maior é a probabilidade de ter sucesso.

Caso algo esteja a falhar e a correr pela negativa, será certamente corrigido com feedback, o que significa que:

Falhar não existe, o que existe é somente feedback!!


Como é que dou feedback eficaz?

Para o feedback ser eficaz por quem recebe tem que ser positivo. Esta é uma regra universal no feedback.

O treinamento que dou a um coachee numa sessão de PNL, para dar bom feedback resume-se a 4 etapas:

1.O que especificamente fez bem foi...

2.Demonstra ambição, motivação, criatividade...

3.Pode talvez melhorar...

4.Força, continua, és capaz! (dar estimulo para continuar)


A melhor forma para dar bom feedback é perguntar-se:

- Como gosto de receber feedback?

13 comentários:

  1. Amigo António Rocha,

    1- Peço o favor de entenderes esta minha momentânea "pureza lusitana". Como poderíamos traduzir para português o "feedback" sem perdermos a riqueza comunicativa da expressão?
    Penso que seria um exercício interessante.
    :-)

    2- Que achas desse feedback, sendo auto realizado? Nem todos temos "treinadores" ou queremos, ou reconhecemos a credibilidade a alguém para nos dar esse "feedback", obviamente por vezes por demasiada auto-estima, outras vezes pela realidade em si.

    Um abraço

    Paulo
    www.ordemdosvendedores.ning.com

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  2. Olá amigo Paulo Silva,

    Concordo contigo relativamente ao exercício de traduzir para português a palavra feedback sem perder a riqueza do termo. É difícil, na minha opinião, contudo eu traduzo por avaliação da acção.

    Ou seja, sempre que recebo feedback significa para mim, daí a tradução, avaliação da minha acção.

    Relativamente à segunda questão, apesar de eu respeitar e considerar muito importante a auto-realização, a auto-estima, a auto-motivação e todos os restantes processos que cada um tem dentro de si para procurar os recursos necessários para si próprio, é a meu ver fundamental procurar uma avaliação da acção para além da própria pessoa.

    Trata-se de um diferente ângulo de observação que ajuda, quando honesto e positivo, a conferir a acuidade sensorial necessária para perceber como a acção está a ir de encontro ao objectivo.

    Um abraço,

    António

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  3. Olá António,

    De facto um tema interessante, a necessidade e a importância de uma adequada prática do feedback. Aproveito para responder à questão colocada pelo Paulo dizendo que é dificil encontrar uma proposta para a tradução do termo "feedback" porque não é fácil encontrar uma só palavra em virtude do feedback poder assumir várias formas (comentário, reacção, opinião,sugestão, critica, etc)e referir-se a um processo de realimentaçao. Assim se fosse unamine a traduçao seria realimentaçao mas nao existe consenso numa tradução pelo que continua a ler-se e a aplicar-se o termo feedback. No contexto organizacional este é um termo aplicado em situações em que é solicitado o fornecimento de informação, normalmente sob a forma de uma opiniao, análise critica mas construtiva de resultados e até sugestões com o objectivo de melhorar o desempenho e os resultados. Procuramos feedback através de opiniões e análises honestas e construtivas sobre aquilo que fazemos (positivo quando o feedback reforça a nossa prática, negativo quando são identificados pontos a melhorar) Em suma, aplicamos o termo quando pretendemos recolher uma análise dos resultados das nossas acções com vista à aprendizegm e à melhoria continua dos processos, incluindo o relacionamento com pessoas.
    No processo de coaching o feedback é uma ferramenta essencial, por se tratar de uma oportunidade de reforçar comportamentos, com vista à mudança de comportamento, mas também como forma de promover a melhores resultados ajudando a antecipar cenários para uma melhor preparação da acção no sentido do Coachee avançar com maior rapidez e sucesso nos seus objectivos.
    Concordo com a utilidade de fazer auto-análise, alías nao só concordo como a pratico, e penso que só assim teremos a capacidade para conseguir distinguir se as fontes de feedback disponiveis são as mais adequadas para melhorarmos no sentido dos nossos objectivos e dos resultados que pretendemos atingir. E procurar aquelas a quem associamos maior credibilidade para a melhoria dos nossos próprios processos.
    um abraço
    Elizabete

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  4. Pessoalmente sou um crente na força do feedback. Quando nós actuamos é extremamente importante sabermos se as nossas acções tiveram um impacto positivo ou negativo nas pessoas. Caso contrário corremos o risco de deixar de fazer algo que as pessoas apreciam, ou insistir em algo que as incomoda. Isto é algo que está sempre presente nas nossas vidas, tanto na esfera pessoal como profissional.

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  5. Olá, Antonio.

    Referente à primeira questão, acredito que devemos usar uma única palavra, para termos praticidade. Para mim, a malhor seria "avaliação".

    Quanto à segunda questão, para mim, é essencial que uma ou até mais pessoas ofereçam uma avaliação/feedback para seu funcionário. Sempre de forma educada e elegante.

    Espero ter contribuído e não deixe de avisar sobre mais posts pelo LinkedIn.

    Parabéns pelo texto.

    Thiago http://br.linkedin.com/in/thiagocastriotto

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  6. Boa tarde caro António Rocha!
    Aproveito para lhe dar feedback em relação às palavras por si escritas.
    É realmente positivo obter feedback, seja positivo ou seja negativo, mas acima de tudo quando o obtemos podemos ter uma referência sobre aquilo em que devemos melhorar e aquilo que devemos parar de fazer.
    E, num processo de melhoria contínua do ser humano, o feedback é essencial.

    Bem haja,
    Sérgio Sousa

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  7. Rocha,

    O feedback além de ser importante deve ser dado/pedido o mais proximo possivel do envento a que se refere. Seja um elogio ou uma critica construtiva, deve ter como objectivo a melhoria da nossa performance.

    Abraço,

    Zé estêvão

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  8. Muito obrigado a todos pelo vosso feedback.

    Li com muito agrado a vossa opinião que confirma a necessidade de se reflectir sobre o tema, na medida em que o feedback está bem presente no nosso dia-a-dia.

    Quero acrescentar que quando o feedback solicitado é sobre a actividade de um individuo, temos de ser ainda mais cuidadosos, isto porque as pessoas sempre que produzem algo procuram dar o seu melhor de acordo com os recursos do momento, recursos estes que podem ser do saber/fazer, saber/estar, ou mesmo recursos relativos a motivação e outro qualquer a nível motivacional.

    Um outro aspecto que quero acrescentar é sobre o que o meu amigo Estêvão referiu acerca do momento em que devemos dar o feedback.

    Sendo o feedback um periodo de avaliação/monitorização da acção muito próximo do evento em algumas circunstâncias pode ser tarde. Existe outras que é suficiente no fim da tarefa e existe outros momentos que tem várias fases desde a fase inicial até perto do objectivo ou mesmo até depois do objectivo, ou seja, o momento certo é o aquele que se pensa ser o exacto ou o solicitado.

    Um abraço a todos,

    António

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  9. Olá António, bom dia.

    Para além da componente 'educação' (quando alguém nos escreve/diz algo, é de bom tom responder de volta), o feedback é algo cada vez mais importante na nossa vida (pessoal e profissional), pois permite-nos evoluir.

    Há depois que ter capacidade para processar tudo o q nos chegou e tirar as devidas conclusões, eventualmente partilhando-as com os 'fornecedores' desse input.

    Saber ver, ouvir e, principalmente, saber aceitar ideias e/ou sugestões q até até vão contra os princípios q temos como ideais ou instituídos "só porque sim", ou "só pq sempre fiz assim" é um modo de evoluir e, provavelmente, conseguir fazer um melhor relatório final sobre o q quer q esteja a ser analisado.

    Cumprimentos

    José Pinheiro

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  10. Quanto a mim, como networker e como pessoa, em tudo o que faço gosto de obter feedback. É o feedback que nos move e nos permite evoluir e corrigir eventuais erros.

    Abraço
    Paulo Morais
    www.mktportugal.com

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  11. Olá António,

    Este artigo foca um aspecto muito importante: Falhar não existe, o que existe é somente feedback!!

    Pois este é um dos maiores inibidores do comportamento humano, o medo de falhar, o medo da rejeição!

    Há quem defenda que está no nosso DNA relacionado e remontando aos tempos em que o homem que não vivesse em grupo, ou seja fosse rejeitado, tinha poucas probabilidades de sobrevivência, sendo portanto um medo irracional.

    Artigos, esclarecimentos como estes são importantes para que de forma racional se consiga combater este medo irracional.

    Esta é alias uma das áreas mais trabalhadas em equipas de vendas pois é uma das áreas em que o impacto é mais visível, no entanto não defendo que apenas para actividades comerciais seja importante esta racionalização, todos nós profissionalmente temos que "vender" as nossas ideias, projectos, produtos, etc ... sendo que considero ser também fundamental esta aprendizagem na nossa vida pessoal.

    Quantos de nós na adolescência ficamos sem dizer que gostávamos de alguém? ou de dar um beijo a alguém? E porque terá sido?

    Quantos de nós na nossa vida profissional ficamos calados e não apresentamos uma ideia que achávamos boa? e que ainda hoje pensamos como poderia ter sido diferente?

    Fazer este exercício do feedback é importantíssimo para desenvolvermos as nossas capacidades pessoais, percebendo onde podemos ser melhores e trabalhando essas áreas, e poderoso quando desta análise retiramos ferramentas de combate ao medo irracional da rejeição.

    E na minha opinião este feedback pode e deve ser aplicado também quando as coisas estão a correr bem, pois vai permitir perceber onde já somos bons permitindo este exercicio reviver sentimentos que nos elevam a auto-estima e nos dão força para continuar.

    Defendo que todos os dias devemos dedicar uns minutos a avaliar o que correu bem e o que correu mal, celebrar porque fomos bons e repreender os maus comportamentos que tivemos, isto é aqueles que nos afastam dos nossos objectivos e desta forma reforçar a ideia que como pessoas somos bons pois estamos no caminho certo a fazer as coisas certas. Nunca nos devemos repreender a nós próprios, nós somos bons, tivemos foi um mau comportamento e esse sim deve ser repreendido.

    Parabéns pelo tema :)

    Abraço
    Patrícia Santos

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  12. Agradeço a todos o incremento de feedback :)

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  13. «Feed-Back» é uma expressão de origem Inglesa que se poderia traduzir, por exemplo, como «Controlo por retroacção positiva». (lamento mas não estou de acordo, de facto, com o «acordo» ortográfico).
    Pela minha experiência como Professor, devo dizer o seguinte:
    1) A avaliação não tem apenas um sentido de classificar, mas também de avaliar as competências/aprendizagens dos alunos/formandos. Enquanto formando, verifiquei que normalmente esta noção, por parte dos Formadores é muito escassa.
    Esta forma de ensinar estabelece uma interacção constante com os alunos/formandos que permite optimizar a aprendizagem, ao contrário do modelo antigo do Professor-Expositor, em que o aluno/formando é visto como receptor de uma lição em que o docente executa as funções de emissor.
    Estas idéias estão correctas. Aquilo que não está correcto é pensar que a motivação possa ser «criada» pelo Professor/Formador nos alunos/formandos, já que a palavra motivação deriva do latim «motivus» (palavra associada com a idéia de movimento). Ora, ninguém «move» a vontade de outrém, apenas se criam condições para que a aprendizagem possa ocorrer. O esforço, necessário e legítimo de parte do docente, neste contexto, depende sempre do esforço dos próprios alunos/formandos, que devem estar preparados para receber críticas. Infelizmente, na nossa cultura, existe uma insuficiência óbvia em termos do hábito de dizer o que se pensa, e por outro lado estar preparado para ouvir críticas de forma positiva. Só assim se poderá contribuir para uma cultura de auto-responsabilização, criatividade, autonomia e respeito pelas regras básicas da vivência em comum.
    Na minha opinião, na cultura de Formação, tornou-se hábito estabelecer uma comparação injusta entre as competências dos Professores e a dos Formadores, ao mesmo tempo que a formação pedagógica dos Formadores se baseia demasiado nos aspectos comportamentais e muito pouco na metedologia e no ensino propriamente dito.

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